Depois de anos sem conseguir participar com sua delegação completa presencialmente, o SIMPE-RS esteve com força total ao Encontro Nacional da FENAMP. Ao todo, dez colegas — entre dirigentes e representantes da base — foram até São Paulo para acompanhar e contribuir com os debates promovidos durante o evento.
Representando o Rio Grande do Sul estiveram presentes: Jodar Pedroso Prates, Sandra dos Santos Zembrzuski, Alberto Freire Ledur, Glayco de Bem Almeida, Sílvia da Silva Tejadas, Ederson Diniz Queiroz, Franciele Fontana Queiroz, Luciano Gonçalves dos Santos, Juliana Arias Martins e Sheila Cristiane Alves Ortiz da Silva.
A retomada da participação presencial com a delegação completa é um passo importante na articulação nacional da entidade, após os desafios impostos pela pandemia e restrições orçamentárias. O Encontro é um espaço essencial de troca de experiências e de formulação coletiva de estratégias para enfrentar os ataques aos direitos dos trabalhadores do Ministério Público em todo o país.
Austeridade para quem?
O primeiro dia do Encontro já começou com um tema central e urgente: as contradições da política de austeridade aplicada aos servidores. No painel "Austeridade para quem?", especialistas e dirigentes denunciaram como os cortes e a contenção de gastos vêm sendo aplicados com rigor sobre os servidores, ao mesmo tempo em que sobram recursos para auxílios, benefícios e gratificações destinados às altas cúpulas dos MPs.
Leia mais sobre o painel: Austeridade para quem? Debate no Encontro Nacional expõe contradições no MP
Inteligência Artificial no MP
Outro tema que pautou o dia foi a crescente adoção de ferramentas de inteligência artificial no Ministério Público. Especialistas alertaram para os riscos da implementação dessas tecnologias sem diálogo com os trabalhadores e sem transparência. Além da ameaça à autonomia e à segurança dos dados, há um risco real de precarização do trabalho e de ampliação da vigilância sobre os servidores.
Confira a matéria completa: Especialistas alertam para riscos da inteligência artificial no Ministério Público
Burnout como doença ocupacional
Fechando o dia, a terceira mesa trouxe um debate fundamental sobre saúde mental no serviço público. Com o tema "Reconhecimento do Burnout como doença ocupacional: melhor tratamento e valorização da vida", o painel discutiu os impactos do esgotamento profissional nos servidores do Ministério Público e defendeu a adoção de políticas efetivas de acolhimento e prevenção.
Leia mais: Encontro Nacional debate impactos do Burnout no MP e propõe ações de prevenção e acolhimento