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SIMPE-RS assina nota de repúdio à postura de Bolsonaro sobre pandemia de coronavírus no Brasil

SIMPE-RS assina nota de repúdio à postura de Bolsonaro sobre pandemia de coronavírus no Brasil
O SIMPE-RS manifesta mais uma vez a sua indignação diante da postura irresponsável do presidente da República, Jair Bolsonaro, na gestão da crise sanitária gerada pelo avanço da pandemia de coronavírus no país. Em nota publicada pelo coletivo de entidades da Frente dos Servidores Públicos, salientamos que “Bolsonaro menospreza o mais elementar consenso científico e trabalha para erodir os esforços das autoridades em saúde pública e até mesmo de governadores e prefeitos, muitos destes seus aliados, que estão seguindo as orientações de isolamento social”.

Este sindicato vem demonstrando seu reiterado apoio e defesa das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais autoridades em saúde e científicas do Brasil e do mundo. O momento é de acreditar na ciência e seguir as medidas de isolamento que estão sendo propostas e que têm demonstrando a sua eficácia em muitos países.

Na nota conjunta, também exigimos que o governador Eduardo Leite interrompa imediatamente o desconto de dias de greve dos servidores públicos e devolva esses valores para os trabalhadores. Também exigimos a garantia de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os servidores que seguem trabalhando nos serviços essenciais.

Confira a íntegra da nota:

A Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP/RS) manifesta amplo rechaço e indignação com a conduta do presidente da República diante da crise sanitária global provocada pelo novo coronavírus.

Longe de liderar e proteger a nação, Jair Bolsonaro menospreza o mais elementar consenso científico e trabalha para erodir os esforços das autoridades em saúde pública e até mesmo de governadores e prefeitos, muitos destes seus aliados, que estão seguindo as orientações de isolamento social.

Ao insuflar o fim do distanciamento, inspirar carreatas em meio à quarentena e desfilar pelas ruas do Distrito Federal cumprimentando populares, o presidente põe em risco a coletividade em nome de uma falsa dicotomia entre a vida e o bem estar econômico.

O mau exemplo do Planalto encontra solo fértil entre federações empresariais e aqueles para quem o lucro está acima de tudo, pressionando municípios a afrouxar o cerco à doença e ameaçando a eficácia das medidas.

A postura é especialmente perturbadora frente às tristes notícias que chegam diariamente da Itália, da Espanha e dos EUA, potências globais que pagam o preço da ação tardia. Já são mais de 35 mil mortes em todo o mundo.

Somente no Brasil, centenas de milhares devem perder a vida. Sem as ações de contenção, aponta estudo do Imperial College de Londres, poderíamos chegar à trágica cifra de 1,15 milhão de mortos.

Reiteramos, portanto, nosso amplo apoio às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das principais autoridades médicas, sanitárias e científicas do Brasil e do mundo, pela manutenção do isolamento social em todo o território do estado e do país.

Exigimos, também, que o governador Eduardo Leite respeite os servidores públicos. Não é possível que siga descontando dias de greve de trabalhadores em meio a uma crise sem precedentes. Urge a devolução destes valores e a garantia de EPIs para todos que seguem atendendo, com dedicação, a população gaúcha.

Todas as vidas importam.

31/03/2020

FSP/RS – ABOJERIS, AFOCEFE, ADUFRGS, ASSUFRGS, ANDES/UFRGS, ASSERLEGIS, CEAPE, CEPROL, CPERS, CGTB, CTB, CUT, FETEE Sul, INTERSINDICAL, PÚBLICA, SEMAPI, SENERGISUL, SIMPA, SIMPE-RS, SINDICAIXA, SINDISPGE, SINDJUS-RS, SINDOIF, SINDPERS, SINDSEPE/RS, SINDISERF RS, SINPRO/RS, SINTERGS, SINTRAJUFE/RS