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Entidades definem ações de resistência ao pacote da morte

Entidades definem ações de resistência ao pacote da morte
Entidades que representam diversos segmentos de servidores públicos estiveram reunidas na manhã da sexta-feira (17), na sede do Sindjus, para debater ações de resistência ao pacote do governador Eduardo Leite, cuja votação deverá acontecer a partir do dia 27 de janeiro, em chamada extraordinária na Assembleia Legislativa. Estiveram presentes representantes dos servidores do Ministério Público (SIMPE-RS), do Judiciário (Sindjus e Abojeris), da Defensoria Pública (Sindpers) e dos Auditores do Tribunal de Contas do Estado (CEAPE).

O encontro iniciou com um relato, pelo presidente do Sindjus, Fabiano Marranghello Zalazar, sobre os debates e encaminhamentos da reunião do coletivo de entidades que formam a Frente de Servidores do RS realizada no dia 15 último, na sede do CPERS, em Porto Alegre. De acordo com o dirigentes, no encontro foi feita uma avaliação das mobilizações realizadas em dezembro. Ele destacou como importantes as greves dos servidores do judiciário e do CPERS e a forte unidade construída pelas diferentes categorias, como fatores que minimizaram os impactos das PEC’s relativas a reforma da previdência dos servidores e, inclusive, impediu de o pacote ser votado no todo em dezembro.

Sobre a previdência, o representante do CEAPE, Josué Martins, lembrou que é preciso unificar as ações e estabelecer com a sociedade o debate sobre a dívida pública. Ele lembrou que em ano eleitoral, vários fatores são levados em conta e informou que a União Gaúcha, que abrange 28 entidades do funcionalismo, está discutindo a judicialização do pacote previdenciário aprovado em dezembro. Segundo ele, as medidas têm uma série de inconstitucionalidades, como a própria discussão sobre o que é déficit . “O que a União Gaúcha propõe é definir um conceito de déficit para alinhar a lei e ver como se aplica a cada caso”, pontuou ele.

Em sua fala, o presidente do SIMPE-RS, Jodar Pedroso, destacou a importância de avaliar o momento político, com movimentos relacionados às eleições municipais, o que, segundo ele, dá um espaço de atuação para as categorias junto às Câmaras de Vereadores e bases eleitorais municipais.

Neste sentido, além das ações locais, as entidades deliberaram por enviar ofício à FAMURS, apresentando os impactos inclusive na arrecadação dos municípios com a aprovação do pacote do governador, buscando um espaço de diálogo e apresentando à entidade os apoios já estabelecidos por diversas Câmaras de Vereadores aos servidores públicos.

Ocupar a Praça da Matriz

A exemplo do que foi feito em dezembro, assim que tiver início a votação do pacote, os servidores devem ocupar a Praça da Matriz para acompanhar as votações e pressionar os deputados.

No encontro, os dirigentes também deliberaram ações integradas ao Fórum Social das Resistências, que acontecerá de 21 a 25 de janeiro, em Porto Alegre.

Os servidores estão sendo chamados a participarem na Marcha de Abertura, dia 21 de janeiro, quando haverá uma coluna formada pelos servidores públicos, com faixas e cartazes denunciado o pacote da morte.

Já para o dia 22, a partir das 17 horas, estão sendo programadas panfleteações de material esclarecendo sobre os prejuízos para a sociedade com a aprovação do pacote, em locais de grande concentração de pessoas, como a Estação Mercado do Trensurb, Rodoviária de Porto Alegre, Largo Glênio Peres e terminais de ônibus.

Além destas ações, está sendo avaliada a publicação de um A PEDIDO em jornal de grande circulação alertando à sociedade sobre o que representa o pacote da morte e os prejuízos para os serviços públicos prestados à população gaúcha.

O SIMPE-RS desde já convida a categoria a somar fortemente nestas atividades. A unidade e a participação maciça, mostrando aos deputados a posição contrária dos servidores ao pacote será fundamental para derrubar as medidas que atacam importantes direitos do funcionalismo nos três poderes.

Assessoria de Comunicação

17/01/2020 14:39:42